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Crise dos semicondutores continua em 2023?

A crise dos semicondutores ainda persiste em 2023. Ao que tudo indica, esses pequenos aparelhos seguirão até 2024 como a principal limitação da indústria global, prejudicando a produção de mísseis, computadores, carros e tantos outros eletrônicos que dependem deste item.

Desde 2020, a indústria global de produção de condutores sofre com a alta procura e baixa produção. Em paralelo a isso, a pandemia de covid-19 deu um boom ainda mais alto em eletrônicos, especialmente computadores graças ao regime de trabalho remoto imposto pelo isolamento.

Até hoje, o reflexo é sentido pelo mundo inteiro e deve perdurar por mais alguns meses ou até mesmo anos. O receio agora está na crise entre nações aprofundadas por conta da Guerra da Ucrânia, que não há previsão para ser encerrada.

Para entender melhor sobre a crise dos semicondutores, como ela afeta o seu negócio e sua expectativa para chegar ao fim, a Sox Consult preparou este conteúdo inédito. Fique conosco nesta leitura para se manter informado e atualizado!

O que é a crise dos semicondutores

O fenômeno chamado de Armagedom dos Chips é um efeito de alta demanda e baixa produção de semicondutores, pequenos chips utilizados nos mais variados dispositivos eletrônicos. Agravado por diferentes eventos, como a pandemia e agora a Guerra da Ucrânia, a crise dos semicondutores persiste e afeta toda a indústria do mundo.

Acontece que muitos dispositivos dependem desses chips na sua escala de produção. Logo, com uma alta demanda, as empresas dos mais variados nichos disputam entre si a preferência dos semicondutores. Assim, leva quem paga mais caro.

Como consequência, os produtores eletrônicos são lançados e, ao invés de manter o preço ou até mesmo diminuí-lo, os novos itens tendem a subir de valor. Justamente por isso, celulares, carros, eletrodomésticos etc, aumentam cada vez mais quando um novo produto chega à vitrine de vendas.

Além disso, os Governos também disputam entre si a preferência dos poucos produtores de semicondutores. De acordo com o economista Roy Green, da consultoria TM Lombard, apenas dois países asiáticos respondem por 83% da produção global de chips de processador.

Os países que mais se destacam e ficam próximos do monopólio são Coreia do Sul e Taiwan, sendo este último um território da China que não é reconhecido como um país, embora busque a independência. Vale destacar que os semicondutores também afetam a produção armamentista.

Como a crise dos semicondutores afeta as empresas?

A crise dos semicondutores é responsável por inflacionar toda a indústria. No caso do Brasil, vale a pena destacar o enfraquecimento e a saída de diferentes indústrias, especialmente a automobilística.

Em 2022, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) conclui que a falta de semicondutores reduziu 250 mil unidades na produção de veículos no Brasil. Como consequência, diferentes marcas saíram do Brasil e contribuíram com o desemprego.

O mercado inflacionário tende a canibalizar preços ou tornar os resultados menores. E toda essa dificuldade no crescimento está diretamente relacionada com a baixa produção de semicondutores.

O Armagedom dos Chips continua em 2023?

Sim, o Armagedom dos Chips continua em 2023, tendo a expectativa de ser normalizada no fim de 2023 e início de 2024. Teoricamente, o intervalo permitirá que mais empresas surjam e permitam a produção de mais semicondutores para a indústria global.

Até lá, a indústria segue e seguirá inflacionária, dificultando e limitando os resultados globais dos mais variados segmentos.

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